Com o novo Acordo Coletivo de Trabalho, ainda não assinado, mas com o texto já aprovado em assembleia, a EBC se torna a primeira empresa pública no Brasil a reconhecer o direito de pessoas com doenças raras. Vitória importante que o coletivo de Raros e PCDS não poderia deixar de agradecer à Comissão de Empregados, aos sindicatos e à empresa, que conseguiram trabalhar juntos e aprovar esta cláusula. Agradecemos também a todos os colegas de empresa que abraçaram a luta.
Destaque também porque incluímos neurodivergentes no nosso acordo. Pessoas com deficiências invisíveis que muitas vezes não são reconhecidas agora passam a ter direitos! E para os dependentes também, reconhecendo a necessidade de apoio a mães, pais e conjugues (sim, também nos casamos).
É importante, no entanto que não pare aí, pois precisamos de uma empresa verdadeiramente inclusiva e adaptada! Com ambientes de trabalho acolhedores e que as necessidades de cada PCD, raro ou neurodivergente seja levada em consideração. Necessidade que pode incluir o home office ou a redução da jornada de trabalho, isso sem a redução de salário ou prejuízo para o funcionário.
Embora diversidade e inclusão estejam ganhando espaço na EBC, a igualdade de oportunidades na área trabalhista não é representativa. Não é porque somos PCDs, temos uma doença rara, sejamos neurodivergentes, ou sermos responsáveis pelos cuidados de alguém assim, que não somos aptos a papeis de destaque ou promoções. Pedimos que esse ponto seja observado na elaboração do Plano de Cargos e Salários (PCR), nas avaliações de nível e na ocupação de cargos de chefia.
Na última sexta-feira (1º), uma das poucas funcionárias raras/PCDs que ocupava cargo de chefia foi removida da função. Pedimos que os gestores levem em consideração a representatividade na hora de ocupar esses novos cargos, agora vagos. Desnecessário lembrar que representatividade importa e que a EBC não cumpre nem a cota prevista em lei de PCDs.
Coletivo de Raros e PCDS
Comissão de Acessibilidade