O ano de 2020 não terminou sem antes a Agência Brasil publicar informações de menos sobre a possibilidade de vacina que pode tirar o país da pandemia de Covid-19. No dia 29 de dezembro, foi publicada a matéria “Covid-19: Anvisa certifica Pfizer, uma das produtoras de vacina” (https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-12/covid-19-anvisa-certifica-pfizer-uma-das-produtoras-de-vacina).

O texto relata que a “Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou na noite de ontem (28) ter feito a certificação de Boas Práticas de Fabricação da empresa Pfizer, uma das envolvidas na produção da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Pfizer/Biontech”. Não há nenhum detalhe adicional sobre o que isso significa na prática para o Brasil ter acesso ou não à vacina da farmacêutica.

Enquanto isso, no dia em que tal certificação foi dada, outros veículos noticiavam que a própria “Pfizer avisa que não solicitará uso emergencial de vacina no Brasil” (https://brasil.elpais.com/brasil/2020-12-29/pfizer-avisa-que-nao-solicitara-uso-emergencial-de-vacina-no-brasil-e-critica-protocolo-da-anvisa.html#?sma=newsletter_brasil_diaria20201229), devido a “obstáculos criados pelo protocolo da própria agência [Anvisa]”. Informação que não saiu na Agência Brasil, que parece não querer se indispor com qualquer órgão do governo, num papel quase de assessoria de imprensa dos órgãos federais.

No mesmo dia, outra notícia que deu o que falar na imprensa foi a declaração do presidente Jair Bolsonaro de que “fabricantes de vacinas é que devem procurar Brasil, não o contrário” (https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2020/12/28/para-bolsonaro-laboratorios-devem-ir-atras-para-vender-vacina-ao-brasil.htm). Em mais uma demonstração de proteção ao presidente, a Agência Brasil não noticiou a polêmica.

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