Passadas três semanas do início da guerra de Israel contra o grupo islâmico Hamas, na Faixa de Gaza, a equipe de redes da EBC publicou um corajoso post no Instagram, no qual reúne falas de autoridades de diferentes correntes ideológicas e políticas sobre a guerra.

Além de Lula, aparecem Joe Biden e Barack Obama (Estados Unidos), Emmanuel Macron (França), Vladimir Putin (Rússia), Tayyip Erdogan (Turquia), Antonio Guterres (ONU) e Pedro Sánchez (Espanha). O consenso é que uma guerra não pode atingir civis e matar milhares de crianças. Mais do que óbvio, mas não é o discurso que tem sido reproduzido massivamente.

Desde o início do conflito, classificado por muitos, incluindo o presidente Lula, como genocídio do povo palestino, devido à desproporção da força bélica das partes envolvidas, a grande mídia tem tomado uma posição clara de classificar o Hamas como grupo terrorista e de defender os ataques de Israel como legítima defesa após uma primeira investida do Hamas em território israelense, que deixou cerca de 200 mortos, no dia 7 de outubro. Outros 200 israelenses foram levados como reféns pelo Hamas.

O ataque sem dúvida foi muito extremo e é condenável, porém, a Organização das Nações Unidas (ONU) não classifica o Hamas como grupo terrorista. Por isso, o governo brasileiro também não o considera assim. A explicação foi publicada pela Agência Brasil (ABr) nos primeiros dias do conflito (Entenda por que o Brasil não trata o Hamas como organização terrorista).

Acompanhando a cobertura feita pela ABr, verificamos uma ampla e diversificada gama de vozes e opiniões qualificadas sobre a questão. A ABr não tem mais correspondentes internacionais nem enviou equipes de reportagem para o local, reproduzindo material de agências como RTP e Reuters para os principais fatos internacionais envolvendo a questão. Porém, mesmo no Brasil, uma cobertura equilibrada tem sido feita desde o princípio, com repercussões, explicações e movimentos do Brasil, incluindo entrevistas com os embaixadores dos dois países em guerra. Confira alguns destaques:

Essa matéria ficou alguns dias entre as mais lidas do site da Agência Brasil:

E também trouxe uma arte que mostra a evolução da ocupação israelense na região:

13/10/2023, Arte Evolução – Origem do Conflito. Foto: Arte/EBC

Essa ganhou destaque na capa da Agência:

Todas as matérias sobre o tema foram reunidas em uma tag, com destaque na capa da Agência, o que facilita muito a busca pelas matérias e dá a importância devida ao conflito. Até o momento, as estimativas são de que os ataques do Hamas tenham feito 1,4 mil vítimas fatais em Israel, enquanto os bombardeios israelenses mataram 7 mil palestinos, sendo mais da metade mulheres e crianças, segundo a ONU. Cerca de 1,4 milhão de pessoas estão sendo obrigadas a deixar suas casas por causa da guerra.

 

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