Nesse 2 de novembro, Dia de Finados, a Radioagência Nacional publicou uma reportagem bastante sensível e com um tema muito pouco falado sobre a questão: o luto de gestantes que perderam os bebês.

Perda gestacional: mulheres enfrentam luto sem orientação e amparo, da repórter Fabiana Sampaio, traz depoimentos comoventes de mulheres que passaram por isso e como faltou apoio, até mesmo no âmbito familiar, para superar a perda de um aborto espontâneo. Às vezes já nas últimas semanas da gravidez.

A fala de um psicólogo especialista em traumas e urgências subjetivas, Héder Bello, embasa a necessidade de apoio para essas mulheres e aponta para a questão racial e social também envolvida na questão, já que para as mulheres negras e pobres têm menos amparo ainda para superar a dor.

Para ele, a sociedade trata como tabu a questão do aborto, mesmo os espontâneos, e acaba deixando de lado a saúde mental das mulheres que passam por isso. A reportagem traz também a experiência de um grupo de apoio criado em Belo Horizonte para tentar ressignificar a perda dessas mulheres.

Parabenizamos a equipe envolvida por trazer ao público um tema tão dolorido de forma sensível e contextualizada.

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