Apesar do desmonte da comunicação pública, iniciado em 2016, a EBC ainda brinda a audiência com bons conteúdos. Um exemplo positivo é a série de três reportagens produzidas pela Radioagência Nacional sobre mulheres vítimas do trabalho análogo à escravidão no Brasil, publicadas na última semana de janeiro.

Um tema doloroso, minimizado pelo próprio presidente da república, foi tratado de maneira sensível e humanizada, trazendo dados do Ministério Público do Trabalho e de organizações não governamentais.

Entre as informações que a série apresenta estão a subnotificação dos casos de mulheres encontradas em trabalho escravo, a não caracterização delas como vítima da situação quando resgatadas e a exploração sexual não registrada pelos agentes públicos como trabalho análogo à escravidão.

A narrativa foi enriquecida com histórias de pessoas que passaram pela situação, como a exploração a que são expostas imigrantes por falta de alternativa de trabalho e a redes de solidariedade criadas a partir da exploração.

Um caso emblemático trazidos pela reportagem é a histórias Pureza Lopes Loyola, que passou três anos à procura do filho. A luta dela levou o país a reconhecer o trabalho escravo contemporâneo e virou filme.

As reportagens podem ser conferidas nestes links:

https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/direitos-humanos/audio/2021-01/trabalho-escravo-18-mil-mulheres-foram-resgatadas-em-15-anos

https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/direitos-humanos/audio/2021-01/nao-nos-calemos-diz-boliviana-resgatada-em-situacao-degradante-em-sp

https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/direitos-humanos/audio/2021-01/historia-de-pureza-da-luta-contra-o-trabalho-escravo-ao-cinema

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